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Sempre me fascinaram estes "fenómenos". Qual é o limite genético do tamanho de uma espécie? Como é determinado?
DN 2012-02-24 por Mónica Ferreira<input ... >Hoje
Deolinda Pereira nem queria acreditar quando chegou ao seu quintal, ontem à tarde, em Lagares, no concelho de Penafiel, e encontrou um nabo de seis quilos.
A mulher de 72 anos, agricultora desde que se conhece por gente, nunca tinha visto um fenómeno daqueles. "É a primeira vez que tenho um vegetal deste tamanho. Aliás, nunca houve um nabo tão grande em nenhum quintal daqui da freguesia", afirmou orgulhosa.
Em Lagares, o nabo de seis quilos é já falado por todos, visto que ninguém tem memória de tão grande vegetal crescer nos solos daquela freguesia penafidelense, e a casa de Deolinda Pereira tem recebido visitas de toda a vizinhança para ver o legume. "Até o pus numa cadeira à porta de casa para toda a gente poder ver", referiu Deolinda Pereira, acrescentando que, quando o levou do campo até casa, todos a paravam pelo caminho "para ver tal coisa".
Deolinda Pereira sempre trabalhou na terra e confessa que é isto que gosta de fazer. "Sempre plantei de tudo um pouco e sempre plantei nabos, mas isto nunca me tinha acontecido" declarou. Esta quarta-feira quando se dirigiu ao campo, para o preparar para semear batatas, deu de caras com o nabo gigante.
No quintal onde surgiu este nabo nasceram outros com três e quatro quilos de peso. Nunca um fenómeno como este.
Público, 2011.04.03
A Prove, rede de produtores agrícolas locais, já tem 900 mil portugueses a consumir frutas e legumes todas as semanas, permitindo o contacto com o ambiente de produção
Ao final da tarde, as oito caixas que Ana Cordeiro enche com os legumes e frutas que colheu de manhã já terão entrado na bagageira dos carros de alguns dos 50 clientes que às sextas ou sábados a encontram no Espaço Fortuna Artes e Ofícios, em Palmela.
Ana é apenas uma das seis dezenas de pequenos produtores agrícolas que hoje estão associados ao projecto Prove (Promover e Vender). Uma rede de venda online de produtos hortícolas que os consumidores vão buscar aos próprios produtores a quem fazem a encomenda. O projecto movimenta hoje 6,5 toneladas de produtos hortícolas por semana, 900 consumidores de norte a sul e tem uma média de 8200 euros de vendas semanais.
A metodologia começou a ser testada em 2004 pela Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal (Adrepes). Dois anos mais tarde, recebia o primeiro financiamento europeu e, alargado o modelo, desde há um ano, a outras associações de desenvolvimento local, foi reconhecida pela Rede Europeia de Desenvolvimento Rural como "projecto do mês" de Fevereiro.
Começou em Palmela e em Sesimbra, e da Península de Setúbal estendeu-se ao Vale do Sousa e a Montemor-o-Novo. Depois, juntaram -se produtores associados em Mafra, em Ponte de Lima, no Vale do Minho, no Baixo Tâmega, no Entre Douro e Vouga, no Ribatejo, no Algarve e na Área Metropolitana do Porto, conta José Diogo, técnico da Adrepes, enquanto vai a caminho da exploração agrícola de Vitória Almeida, de 71 anos, que, com Ana Cordeiro, de 34, forma o núcleo de produtores de Palmela.
Procurar a autonomia
Ana e Vitória entraram para o projecto apenas em Outubro. Trabalham em conjunto de forma quase autónoma, já sem precisarem que a associação monitorize o processo. Os consumidores fazem as encomendas através da Internet - é Ana quem trata desta parte. A partir daí, passam automaticamente a ser clientes da rede (podendo optar por encomendas de cabazes todas as semanas ou quinzenalmente) e a responsabilidade das duas é preparar caixas com produtos frescos e, de preferência, diferentes de sete em sete dias.
Para Vitória Almeida, esta sexta-feira começou às seis da manhã. Três horas mais tarde, na parte de trás da carrinha onde transporta os produtos já se vêem empilhadas dezenas de caixas de madeira com maçãs, batatas, alfaces e couves. Ali perto, rodeada de 17 hectares de vinha, e por entre árvores de fruto, estendem-se culturas de espinafre, tomate, alface, nabiça, couve e feijão-verde que darão para futuros cabazes. Com a entrada no Prove, conta Vitória Almeida, teve de aumentar a produção de hortícolas. Só na estufa que montou para alfaces, tem 300 pés, ainda rasteiros, que "dentro de um mês e pouco estão prontos para colher."
O programa não é apenas uma ajuda no bolso dos produtores agrícolas - o rendimento mensal médio do que ganham ronda 560 euros, que resultam directamente do que vendem. Podem também receber formação dada pelas associações locais: como abordar os consumidores, "a grande lacuna" detectada por José Diogo quando disseminou o Prove, e como ordenar a exploração.
Aquilo de que beneficiam pelo contacto com os consumidores é também um motor de desenvolvimento do projecto. "Há alguns que sugerem o que plantar", explica Vitória Almeida, que toda a vida viveu da terra. O conceito é aproximar os clientes do produtor. E o perfil está bem definido: famílias urbanas, de agregados entre três e quatro pessoas, sobretudo quadros médios e superiores, sublinha José Diogo.
Antes de tudo, o objectivo do programa é tornar viável o negócio a agricultores com menos capacidade de entrada nos grandes mercados de revenda. Ajudar, no fundo, aqueles que produzem e não vendem e colocá-los numa situação "em que são donos de um negócio que começa na produção e acaba no contacto directo com o consumidor", salienta.
Foi o caso de Ana Cordeiro, engenheira agrónoma que há dois anos ficara desempregada no Alentejo e que hoje não pensa sair de Palmela, terra onde nasceu. Os produtores "têm um apoio inicial por parte dos técnicos, mas o que se pretende é que, ao final de um tempo, eles sejam completamente autónomos", acrescenta José Diogo. Já passaram essa fase, Vitória e Ana. As duas sozinhas decidem que produtos incluir, acordam que quantidades cada uma traz para o cabaz, montam-no em conjunto e o valor das receitas é dividido entre elas.
Ao final da manhã desta sexta-feira, dia de entrega de cabazes, Ana Cordeiro prepara as encomendas da tarde no Espaço Fortuna, sede da Adrepes. Passa as mãos pelas fichas dos clientes, verifica que todos querem batatas e pega em sacos de plástico já preparados com a quantidade certa. Espalha-os no fundo das caixas e, a seguir, vêm as cenouras e as cebolas, para completar a base da semana. A abóbora vai ser hoje substituída por nabo. Por cima, laranjas e maçãs. No topo, as verduras. E, para colorir o arranjo, uma caixa de morangos maduros e limões.
O cabaz está completo: uma caixa cheia, 11 produtos, dez euros. "É o valor justo para produtos frescos e que são relativamente cuidados", atalha Ana Cordeiro. "Justo e com pagamento imediato", completa José Diogo. Do lado do consumidor, este tem um controlo "muito maior sobre aquilo que come".
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in: http://www.flfrevista.pt/
ScienceDaily (Dec. 28, 2010) — Polyethylene mulches, used widely in commercial vegetable production to improve crop yields and produce quality, have distinct disadvantages. Disposal options are limited, and plastic mulches often end up in landfills, being burned, or disposed of illegally. Recycling polyethylene mulches is also a challenge; the mulches used in large-scale vegetable production are contaminated with too much dirt and debris to be recycled directly from the field in most power plants and incinerators.
Timothy Coolong from the University of Kentucky's Department of Horticulture published a report on paper mulches in HortTechnology that may give vegetable producers viable alternatives to polyethylene.
The recent trend toward eco-friendly production techniques has resulted in a second look at biodegradable paper mulches, which are manufactured from renewable resources and do not have to be removed from the field after harvest. Paper-based mulches have been used in agriculture since 1914, but some paper mulches deteriorate rapidly under field conditions, reducing their effectiveness. Paper mulches have other limitations; since they are heavier than polyethylene, transportation costs are higher, and paper mulches are inherently more expensive than polyethylene.
Coolong's research evaluated the performance of four readily obtainable papers compared with traditional black plastic using conventional plastic laying equipment and a water wheel transplanter. The experiments were conducted in Lexington, Kentucky, over two growing seasons using yellow squash. Crop yield and quality, weed biomass, soil temperatures under the mulch, and mulch degradation were evaluated. Four paper mulches -- 50-lb kraft paper, 50-lb polyethylene-coated kraft paper, 40-lb white butcher paper, and 30-lb waxed paper -- were compared with 1-mil black polyethylene mulch in two weeding treatments (bare-ground hand-weeded and bare-ground nonweeded).
In the Fall 2007 experiment, butcher paper and polyethylene-coated kraft paper controlled weeds as well as black plastic mulch. However, in Spring 2008, black plastic mulch provided superior weed control compared with other mulches. Yields among waxed, butcher, and polyethylene-coated kraft papers were similar to black plastic mulch in 2007, though yields in paper mulch plots were significantly less than plastic mulch in Spring 2008. Coolong observed that most of the paper mulches were able to be placed with a plastic mulch layer, but were not well-suited for use with a water wheel transplanter.
"Our results suggest that in some situations, paper mulches may provide a more sustainable alternative to traditional black plastic mulches. Results with the polyethylene-coated kraft paper suggest that efforts to combine paper with biodegradable films to create mulches may prove worthwhile," observed Coolong. He cautioned that although paper mulches can be effective, cropping conditions and the environment will influence effectiveness, adding that "if paper mulches are ever to be used on a large scale, they will have to be used in conjunction with mulch laying equipment and perhaps mechanical transplanters."
A organização do 28º Congresso Internacional de Horticultura, que se realiza em Lisboa de 22 a 27 de Agosto de 2010, recebeu quase 6.000 resumos, de 115 países, para apresentações orais ou em posters. O IHC abre com uma conferência pelo Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, Jorge Sampaio, ex-Presidente da República Portuguesa e deverá ultrapassar os 3.000 participantes de mais de 100 países.
O Congresso, que nesta edição tem como tema A Ciência e a Horticultura dirigida às Pessoas (Science and Horticulture for People), é uma conferência mundial sobre ciências hortícolas, que se realiza de quatro em quatro anos, sob o patrocínio da Sociedade Internacional para as Ciências Hortícolas (ISHS).
O IHC Lisboa 2010 é organizado por Portugal (Associação Portuguesa de Horticultura) e Espanha (Sociedad Española de Ciencias Hortícolas), no Centro de Congressos de Lisboa que durante uma semana será palco de colóquios, simpósios, seminários, workshops e sessões temáticas. Os temas centram-se na componente científica da horticultura mas também na interacção entre cientistas, produtores, consumidores e sociedade em geral. As inscrições já estão abertas e vão até à abertura do Congresso, mas a taxa reduzida termina em Abril de 2010.
“Este é o Congresso que os empresários e os técnicos hortícolas não podem perder!”, afirma António Monteiro, co-presidente português do IHC Lisboa 2010. “A participação no Congresso é uma oportunidade única para conhecer as novidades técnicas e os avanços científicos e para contactar com os melhores especialistas mundiais nas várias culturas e áreas de actividade”, salienta.
Jorge Sampaio fará a abertura do Congresso, na sua qualidade de Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações. O objectivo da Aliança é o de apoiar, através de uma rede de parcerias, o desenvolvimento de projectos que promovam o entendimento e a reconciliação entre culturas a nível global e, particularmente, entre as sociedades Muçulmanas e Ocidentais.
A sessão de abertura inclui um colóquio sob o tema geral Ciência Hortícola para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e contará com as intervenções de Cary Fowler, Director Executivo do The Global Crop Diversity Trust, sobre “A preservação da biodiversidade” e de Pere Puigdomenech Rosell, do Institute of Molecular Biology, CID-CSIC de Barcelona, sobre “Novas abordagens biológicas para a agricultura. Uma perspectiva geral”.
A organização do Congresso tem por base vários Comités – Executivo, Científico e do Programa, Consultivo Internacional, da Indústria e Organizador Local –, com membros de diversas universidades e institutos mas também de associações de produtores e de indústrias hortofrutícolas. O IHC Lisboa 2010 será muito mais do que uma reunião de cientistas, porque irá envolver os diversos sectores que contribuem para o dinamismo da horticultura.
A par dos trabalhos do IHC Lisboa 2010, no Pavilhão do Rio, terá lugar também o Pavilhão Espanhol – uma exposição da indústria hortofrutícola, da investigação e da inovação em Espanha. O Pavilhão do Rio será ainda utilizado para exibir posters e para os coffee breaks. No Centro de Congressos de Lisboa, numa zona adjacente às salas de conferência e zonas de exibição de posters estará ainda a Exposição – uma mostra global de produtos e serviços da área da horticultura.
Agroportal, 20100130
Os agricultores algarvios afirmam que a produção hortícola da região está a desaparecer e decidiram manifestar as suas preocupações numa carta enviada ao ministério da Agricultura à qual a Lusa teve acesso.
Na missiva, os agricultores explicam que os 1200 hectares de estufas que a região possuía há dezoito anos estão agora reduzidos apenas a 200, o que, dizem, se deve aos “inúmeros” prejuízos das últimas duas décadas devido ao mau tempo e à falta de seguros adequados.
Os “reduzidos” apoios por parte das autoridades, a proliferação de grandes superfícies comerciais e a reduzida capacidade dos produtores em organizar-se a nível comercial são outros dos factores apontados como causa da degradação do tecido agrícola no Algarve.
Na carta, redigida pela Associação de Agricultores do concelho de Faro e concelhos limítrofes, os produtores dizem que a falta de uma “almofada financeira” para fazer face às intempéries fez com que os agricultores e os seus descendentes ficassem “irremediavelmente endividados”.
Segundo os produtores, o apoio do Estado em situações de destruição de culturas e estruturas causadas pelo mau tempo é “reduzido ou inexistente”, sendo os seguros existentes igualmente considerados pouco “adequados” à actividade agrícola.
“As razões apontadas levaram à situação sobejamente conhecida da horticultura algarvia com o consequente abandono dos campos, não sem que esta associação tenha por inúmeras vezes tentado dar o seu contributo”, lê-se na missiva.
Os agricultores algarvios dizem ainda estar dispostos a contribuir para a redução “do tão falado défice” se lhes forem dadas condições e resolvidos “estrangulamentos” que os levaram à actual situação.
A carta foi também enviada ao Presidente da República, Cavaco Silva, e ao director regional de Agricultura do Algarve, Castelão Rodrigues.