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Flora - on

por papinto, em 02.09.13

Flora on-line: http://www.flora-on.pt/

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Alimentos para fugir à monotonia

por papinto, em 26.02.11
O Sol 26 de Fevereiro, 2011Por Maria Francisca Seabra

 

Usada no séc. XIX, a cherovia perdeu importância. Mas é uma boa alternativa ao feijão verde cozido

Foi no Alto da Ajuda, em Lisboa, que Fortunato da Câmara aprendeu a lidar com «o tomate, os pimentos e as ervas aromáticas», que o pai cultivava num pedaço de terreno ao lado de um «bonito jardim».

Confessa ao SOL que a habilidade para saber onde deveria cair a semente na terra não era o seu «forte». Mas que ao comer os produtos biológicos que colhia com o irmão nasceu uma paixão pelo sabor da cozinha, que explora até hoje.

Alimentos, ao Sabor da História (Colares Editora) é o resultado de anos de trabalho em torno dos legumes, dos frutos e das plantas. O livro revela como os alimentos fizeram o seu percurso no tempo até ao lugar que ocupam hoje em casa ou no restaurante. E destaca alguns tipicamente portugueses ou que a História fez com que ficassem ligados à cultura nacional. Como é o caso do ruibarbo.

Segundo Fortunato, os portugueses foram os primeiros a comercializar este fruto, depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia. «Mas infelizmente não há rasto do ruibarbo em Portugal». Pelo contrário, nos Estados Unidos, fazem-se sobremesas com esta espécie de aipo vermelho.

Outro exemplo é a cherovia, importante alimento da zona da Covilhã, no séc. XIX, e que hoje está afastada dos pratos, apesar de o gastrónomo reconhecer nela um grande potencial. «Dá--se bem nos solos gelados da Beira Interior e deveria ser um produto mais explorado, para evitar importarmos tantos legumes», salienta.

É esta cenoura branca, com a textura de um nabo, sabor ligeiro e aroma a avelã, que Fortunato redescobriu nas suas pesquisas pelas bibliotecas, à procura de histórias para o seu livro. Aconselha a cozinhá-la tal qual o marmelo - porque é adstringente quando crua, mas doce depois de reduzida a puré.

Fortunato da Câmara realça também a importância da salicórnia. Esta erva salgada, que nasce na Figueira da Foz ou em Alcácer do Sal, serve para acompanhar peixes. «A salicórnia tem também a particularidade de, a partir da sua cinza, ser possível extrair um composto para o fabrico de sabão ou vidro», explica.

Aconselha a usá-la numa receita de risoto para acompanhar costeletas de borrego grelhadas. Esta é uma das muitas sugestões de Alimentos, ao Sabor da História: «Brincadeiras que faço para os amigos, que considero as cobaias das minhas experiências».

Na verdade, o gastrónomo já transformou essas experiências em pratos que confecciona com frequência. Se há lição que aprendeu ao escrever este livro foi a de que «variar torna a alimentação muito mais interessante».

Por isso, recomenda «fugir da monotonia» do feijão verde e da cenoura cozidos. E também «da praga das batatas fritas e do arroz branco que acompanham 90% das refeições nos restaurantes».

francisca.seabra@sol.pt

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Naturlink, Ana Ganhão (14-02-11)

 

 

 

A Checklist da flora vascular de Portugal Continental e Insular foi disponibilizada e formalmente adoptada pelo ICNB sendo parte integrante do inventário da biodiversidade.

Em Novembro de 2007 foi acordado entre a Direcção da ALFA e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) a elaboração da Checklist da Flora de Portugal (Continental, Açores e Madeira). Após quase 3 anos de trabalho, a ALFA – Associação Lusitana de Fitossociologia, apresentou publicamente a Checklist durante os VIII Encontros Internacionais de Fitossociologia.
Uma checklist de flora é, por definição, um trabalho inacabado. A nomenclatura, a taxonomia e a corologia botânicas estão, permanentemente, sujeitas a adições e correcções. Todos os anos são descobertos no território nacional novos taxa indígenas e naturalizados previamente descritos, reinterpretados muitos outros, ou corrigidos os seus nomes em acordo com as regras do ICBN (Código Internacional de Nomenclatura Botânica).

A bibliografia mais recente prova que o trabalho de descrição de novas espécies e taxa subespecífico em Portugal continental e insular não está terminado. Por conseguinte, a utilidade de uma checklist depende da sua contínua actualidade taxonómica e nomenclatural.
Tendo em consideração a velocidade a que são publicadas as novidades anteriormente referidas, é conveniente que uma checklist de flora seja actualizada em ciclos não superiores a um ano.
Gerir 4000 taxa, e muitos mais nomes, é uma tarefa exigente.

A ALFA disponibiliza a todos os interessados em colaborar nos trabalhos de actualização um endereço de e-mail dedicado (alfachecklist@gmail.com). As propostas de alteração aceites, e os respectivos autores, serão devidamente divulgados no site da ALFA. Fica assim feito o anúncio de uma etapa importante da história recente da botânica portuguesa e um pedido de colaboração que os botânicos, amadores ou profissionais, não devem (não podem) recusar.

Fonte: http://www3.uma.pt

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Trabalho dos jardins de Kew e Missouri

Público on-line 29.12.2010 - 16:45 Por Helena Geraldes

Legumes, musgos, rosas e mesmo as ervas mais simples fazem parte da lista mais completa de sempre das plantas conhecidas para a ciência. A base de dados, com mais de um milhão de nomes, está terminada, revelaram hoje os jardins botânicos de Kew e do Missouri, instituições de referência mundial em biologia vegetal.
Uma em cada cinco plantas no mundo está ameaçada de extinção

 

Uma em cada cinco plantas no mundo está ameaçada de extinção (Paulo Ricca)

 

A Lista das Plantas, que será actualizada, inclui 1,25 milhões de nomes científicos de plantas. Destes, cerca de 300 mil são nomes já aceites e 480 mil são sinónimos. Para os restantes 260 mil nomes ainda não há certezas suficientes e há que investigar mais.

“Todos os nomes válidos publicados para as plantas, ao nível das espécies, foram incluídos na Lista das Plantas. A maioria são sinónimos e nenhum nome foi apagado”, disse Peter H. Raven, director do Jardim Botânico do Missouri, em comunicado.

Stephen Hopper, director dos Jardins de Kew, considera que esta lista “é crucial para planear, implementar e monitorizar os programas de conservação das plantas de todo o mundo”.

Sem nomes específicos, a tarefa de compreender e comunicar o cenário botânico do planeta seria um “caos ineficiente, que custaria muito caro”, revelam os Jardins de Kew, em comunicado. Assim, a lista permite ligar os diferentes nomes científicos utilizados para uma espécie em particular e relacionar as espécies a publicações científicas para ajudar os investigadores.

Os botânicos ingleses e norte-americanos começaram a trabalhar nesta lista em 2008, comparando as famílias de plantas registadas pelos Jardins de Kew e o sistema Trópicos, um banco de dados alimentado desde 1982 pelos Jardins do Missouri, com cientistas a trabalhar em 38 países.

“Nas últimas décadas, estas duas instituições de referência têm feito um investimento extraordinário para identificar espécies à escala global e para construir uma rede de avaliação mundial da diversidade vegetal”, comentou Helena Freitas, directora do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. As duas conseguiram “chegar a um número bastante realista” e cientificamente válido sobre o número de espécies, acrescentou ao PÚBLICO, salientando a “promoção da ideia da importância das plantas como base das cadeias alimentares”.

Em Outubro, os 193 países membros da Convenção sobre a Diversidade Biológica reunidos em Nagoya, no Japão, decidiram criar até 2020 um banco de dados online de toda a flora conhecida no planeta.

Uma em cada cinco plantas no mundo está ameaçada de extinção, revelou em Setembro um estudo da União Internacional da Conservação da Natureza (UICN).

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