Há já 172 anos que os cientistas se aperceberam que o Sol tem uma atividade cíclica que dura 10 a 12 anos, mas esta atividade é muito variável de ciclo para ciclo e têm-se mostrado difícil de prever. Agora, a equipa de Valentina Zharkova estudou três ciclos solares (de 1976 a 2008), analisou as variações dos campos magnéticos do Sol, comparou o hemisfério norte com o hemisfério sul e criou um novo modelo que consegue fazer predições muito apuradas dessas irregularidades do ciclo solar.
Ao usarem o modelo para prever o que acontecerá no futuro, os cientistas verificaram que no ciclo que inclui a década de 2030 os dois campos magnéticos ficariam completamente dessincronizados o que provocaria uma redução da atividade solar.
Falta explicar de que forma esta redução da atividade solar pode realmente afetar a Terra. Um estudo publicado em junho na Nature também revela que a atividade do Sol está a diminuir e que isso pode ter alguma influência nas correntes atmosféricas, mas os investigadores descartam que isso pudesse alterar o curso previsto para as alterações climáticas.