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O Sol tem ciclos de 10 a 12 anos. As alterações na atividade durante esses ciclos pode afetar a forma como influencia o nosso planeta. 

Houve uma mini-idade do gelo entre 1350 e 1850, com invernos muito rigorosos como este registado por Pieter Brueghel 

Um novo modelo usado pela equipa de Valentina Zharkova, professora de Matemática na Universidade de Northumbria (em Inglaterra), permitiu prever que a atividade solar diminuirá em 60% durante os anos 2030, resultando em condições semelhantes à da mini-idade do gelo que teve início em 1645, referiu um comunicado de imprensa da Royal Astronomical Society. Os resultados foram apresentados durante a Reunião Anual de Astronomia que teve lugar em Llandudno, no País de Gales.

Há já 172 anos que os cientistas se aperceberam que o Sol tem uma atividade cíclica que dura 10 a 12 anos, mas esta atividade é muito variável de ciclo para ciclo e têm-se mostrado difícil de prever. Agora, a equipa de Valentina Zharkova estudou três ciclos solares (de 1976 a 2008), analisou as variações dos campos magnéticos do Sol, comparou o hemisfério norte com o hemisfério sul e criou um novo modelo que consegue fazer predições muito apuradas dessas irregularidades do ciclo solar.

A variação da atividade solar desde uma situação próxima do mínimo, até uma atividade máxima – SOHO/ESA/NASA

Ao usarem o modelo para prever o que acontecerá no futuro, os cientistas verificaram que no ciclo que inclui a década de 2030 os dois campos magnéticos ficariam completamente dessincronizados o que provocaria uma redução da atividade solar.

Falta explicar de que forma esta redução da atividade solar pode realmente afetar a Terra. Um estudo publicado em junho na Nature também revela que a atividade do Sol está a diminuir e que isso pode ter alguma influência nas correntes atmosféricas, mas os investigadores descartam que isso pudesse alterar o curso previsto para as alterações climáticas.

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