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Quinta da Cholda: o milho de precisão

por papinto, em 19.09.15

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Identificadas fontes de poluição do ar que causam mais mortes prematuras

A poluição atmosférica provoca milhões de mortes prematuras por ano a nível global. Mas as actividades humanas responsáveis pelo maior número de vítimas nem sempre são os suspeitos do costume, conclui o primeiro estudo do género.

Na Europa, as emissões provenientes das actividades agropecuárias são a maior causa de morte prematura devido à poluição do ar RUI GAUDÊNCIO 

Ao contrário do que se poderia pensar, não são nem a circulação automóvel, nem a queima de florestas, nem sequer a maioria das actividades industriais, que estão na origem da morte prematura de mais de três milhões de pessoas por ano no mundo na sequência de doenças relacionadas com a poluição atmosférica. Segundo as conclusões de um estudo internacional publicado esta quarta-feira na revista Nature, os principais culpados parecem ser os combustíveis utilizados para o aquecimento e para cozinhar os alimentos nos países asiáticos… e a agricultura em regiões como a Europa ou o leste dos EUA.

Jos Lelieveld, do Instituto Max Planck de Química em Mainz (Alemanha), e colegas conjugaram um modelo global de alta resolução da circulação dos compostos químicos na atmosfera com dados populacionais e estatísticas de saúde para estimar o impacto, em termos de mortalidade prematura, de sete fontes de poluição atmosférica que levam à formação de micropartículas. Com menos de 2,5 milésimos de milímetro de diâmetro, estes poluentes conseguem penetrar profundamente nos pulmões, estando associados não apenas a doenças pulmonares agudas e crónicas e ao cancro do pulmão, como também a doenças cerebrovasculares e cardíacas.

“As avaliações anteriores baseavam-se sobretudo em dados que não permitiam distinguir as diversas fontes deste tipo de poluição”, explicou Lelieveld durante uma teleconferência de imprensa. “Mas nós utilizámos um modelo que nos permite fazer cálculos excluindo ou incluindo tal ou tal fonte de poluição.”

As sete fontes de micropartículas consideradas pela equipa foram o uso comercial e residencial de energia; a agricultura (incluindo a pecuária); a circulação de veículos terrestres; a queima de biomassa (como florestas); a produção de energia; a indústria; e as fontes naturais (as poeiras vindas do deserto em África ou na Península Arábica).

Os autores estimaram assim em 3,15 milhões o número global de mortes prematuras devidas à poluição por estas micropartículas em 2010. A maior parte dessa mortalidade verifica-se na Ásia, região do mundo onde a má qualidade do ar se conjuga com uma grande densidade populacional. A estas mortes, que confirmam estimativas anteriores da Organização Mundial da Saúde (OMS), vêm acrescentar-se cerca de 3,5 milhões de mortes prematuras devidas à má qualidade do ar ambiente nos locais fechados, também segundo a OMS.

Os resultados agora publicados indicam, em primeiro lugar, que naquela região do mundo – e daí, também a nível global –, as maiores responsáveis são as micropartículas provenientes da utilização de combustíveis (sobretudo lenha) como formas de aquecimento e para cozinhar, da queima de resíduos sólidos e dos geradores que funcionam com gasóleo. Trata-se de práticas dominantes em países como a China e a Índia, onde pelo menos 32% e 50% das mortes prematuras são respectivamente devidas a esta fonte de poluição.

Porém, a grande surpresa veio dos resultados relativos a alguns dos países mais ricos do mundo. É que, embora na maior parte dos EUA e nalguns outros países sejam as emissões devidas ao trânsito automóvel e à produção de energia as que mais contribuem para a formação de micropartículas nefastas para a saúde, esse já não é o caso na Europa, no leste dos EUA, Rússia, Turquia, Coreia do Sul ou Japão. Nestas regiões, o maior contributo, que poderá explicar até 40% das mortes prematuras nalguns países, parece ser o das actividades agrícolas e pecuárias, devido ao amoníaco libertado pelo uso de fertilizantes e pelos excrementos dos animais de criação.

“Primeiro, fiquei surpreendido com o impacto agrícola nas mortes prematuras associadas à poluição atmosférica [nos países ricos]”, salientou Lelieveld. “Mas agora, acho que faz todo o sentido.” Isso porque, como frisou ainda, as emissões da agricultura só formam micropartículas quando se misturam com outros poluentes – tais como os da circulação automóvel –, o que acontece quando são transportadas pelo vento das zonas rurais para as urbanas. Aliás, é precisamente isso, segundo ele, que poderá explicar que, no caso de Londres, o estudo tenha revelado que o factor predominante de poluição do ar é de facto a agricultura e não o trânsito. “Grande parte das partículas presentes dentro da cidade provém, na realidade, de fora da cidade”, concluiu.

Também em Portugal a agricultura é o maior factor de morte prematura devido à poluição do ar. “Em Portugal calculámos que havia 1860 mortes prematuras por ano”, disse Lelieveld ao PÚBLICO num email: “28% devidas à poluição da agricultura, 20% da indústria, 17% do trânsito terrestre, 16% da produção de energia, 10% de queima de biomassa e 9% de uso de energia residencial”.

A equipa estimou ainda o que acontecerá até 2050 se nada for feito para diminuir as emissões em causa: o número de mortes prematuras devido à poluição do ar irá duplicar, mais uma vez predominantemente na Ásia.

Soluções? Duas principais parecem óbvias, referiu ainda Lelieveld durante a teleconferência. Uma delas consiste em introduzir fogões menos poluentes em países como a Índia. “O maior obstáculo aos esforços feitos nesse sentido tem sido a baixa aceitação pelas pessoas de formas não tradicionais de cozinhar os alimentos”, salientou. Quanto à agricultura, “embora não seja um especialista destas questões”, Lelieveld acha que seria importante reduzir o uso e o abuso de fertilizantes químicos e alterar as práticas de processamento do estrume dos animais de criação.

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By Rick Noack December 4, 2014  

 

Within the last 100 years, Europe has experienced two World Wars, the end of communism, the emergence of the European Union and a series of other transformative political and economic developments. A team of scientists has now been able to visualize the impact of historical events in maps that show the growth and decline of settlements, forests and croplands.

The map, shown above, is the result of a research project led by Dutch scholar Richard Fuchs from the University of Wageningen. Besides regional political and economic trends, Europe's landscape was shaped by several larger developments of the 20th century, according to Fuchs.

The following maps preview some of the affected regions which we will explain and show in detail throughout this post.

 

"More than 100 years ago, timber was used for almost everything: as fuel wood, for metal production, furniture, house construction. Hence, at around 1900 there was hardly any forest areas left in Europe. Especially after World War II, many countries started massive afforestation programs which are still running today," Fuchs told The Washington Post.

As a result, Europe's forests grew by a third over the last 100 years. At the same time, cropland decreased due to technological innovations such as motorization, better drainage and irrigation systems: Relatively fewer area was needed to produce the same amount of food. Furthermore, many people migrated from rural to urban areas, or overseas.

Fuchs' fascinating conclusion: Forests and settlements grew at the same time and Europe is a much greener continent today than it was 100 years ago. A closer look at different regions and countries reveals Europe's recovery from the deforestation of past centuries.

In France, Spain and Italy, reforestation was particularly visible

 

In the southern French region of Vaucluse, entire mountain ranges were de-forested at the beginning of the 20th century, but the country invested heavily to reverse the trend. Meanwhile, agricultural projects in southern Spain transformed once arid, barren areas into profitable agricultural fields or even forests.

 

A similar development was documented in Italy. Former cropland were abandoned due to market competition, urbanization and emigration. Today, many parts of the Apennine Mountains (located on the right side of the map below) are dominated by grasslands and forests again.

 

The end of communism also led to forest growth in eastern Europe

 

In eastern Europe, many forests re-grew after the end of the Soviet Union. Fuchs and his colleagues explain the development with the fact that many privatized agricultural farms were less competitive on the global market. Therefore, farmers abandoned unprofitable cropland. Particularly in Romania and Poland, former cropland was taken back by nature afterward, first turning into grassland and later into forests.

In the 1990s, Europe also introduced a Common Agricultural Policy which stated that only highly productive areas should be used as cropland, in order to prevent inefficiency. Hence, fields got continuously bigger to better manage and maintain them with machines. Marginal land, however, was given up.

Scandinavian forests recovered to supply other countries

 

 

To the north of formerly communist Estonia, Latvia and Lithuania, Scandinavian countries were able to re-grow most of their forests (and are continuing to do so today) to keep up with timer demand, as they substituted most other suppliers in Europe that had practically used up most of their own wood resources.

Elsewhere, re-forestation programs soon had a visible impact, as well...

 

... as more and more people moved into urban areas 

 

What you see here is among of the most populous areas of Europe: London (the growing, red area in the upper part of the picture), Paris (lower left side), and Brussels (in the middle). Although London experienced its most significant population growth in the 19th century, the city's suburbs grew massively in the 20th century and continue to do so.

The city of Paris itself actually lost inhabitants over the 20th century due to gentrification and higher rents, but you can clearly see how its suburbs became more and more populous throughout the century.

Britain recovered from excessive timber demand, as the Netherlands expanded its forests

 

 

Both the Netherlands and Britain had empires that relied heavily on the sea and their naval strength. In order to build ships, they needed wood -- and in 1900, only 2 - 3 percent of their territory was still covered with forests. Both countries have since been able to increase their forest area to 10-12 percent, as data from 2010 shows. The Netherlands also pursued another major project, visible on maps: It reclaimed the Zuiderzee bay with dams and drainage systems to gain more land.

A closer look at England and Ireland shows that both countries are nevertheless still mainly covered with grassland, while re-forestation has been particularly successful in Scotland.

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O Sol tem ciclos de 10 a 12 anos. As alterações na atividade durante esses ciclos pode afetar a forma como influencia o nosso planeta. 

Houve uma mini-idade do gelo entre 1350 e 1850, com invernos muito rigorosos como este registado por Pieter Brueghel 

Um novo modelo usado pela equipa de Valentina Zharkova, professora de Matemática na Universidade de Northumbria (em Inglaterra), permitiu prever que a atividade solar diminuirá em 60% durante os anos 2030, resultando em condições semelhantes à da mini-idade do gelo que teve início em 1645, referiu um comunicado de imprensa da Royal Astronomical Society. Os resultados foram apresentados durante a Reunião Anual de Astronomia que teve lugar em Llandudno, no País de Gales.

Há já 172 anos que os cientistas se aperceberam que o Sol tem uma atividade cíclica que dura 10 a 12 anos, mas esta atividade é muito variável de ciclo para ciclo e têm-se mostrado difícil de prever. Agora, a equipa de Valentina Zharkova estudou três ciclos solares (de 1976 a 2008), analisou as variações dos campos magnéticos do Sol, comparou o hemisfério norte com o hemisfério sul e criou um novo modelo que consegue fazer predições muito apuradas dessas irregularidades do ciclo solar.

A variação da atividade solar desde uma situação próxima do mínimo, até uma atividade máxima – SOHO/ESA/NASA

Ao usarem o modelo para prever o que acontecerá no futuro, os cientistas verificaram que no ciclo que inclui a década de 2030 os dois campos magnéticos ficariam completamente dessincronizados o que provocaria uma redução da atividade solar.

Falta explicar de que forma esta redução da atividade solar pode realmente afetar a Terra. Um estudo publicado em junho na Nature também revela que a atividade do Sol está a diminuir e que isso pode ter alguma influência nas correntes atmosféricas, mas os investigadores descartam que isso pudesse alterar o curso previsto para as alterações climáticas.

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Megatrends 2015

por papinto, em 01.07.15

Long TermMacroeconomicForecasts KeyTrends MegaTrends

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Pavilhão de exposições

por papinto, em 22.06.15

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 Exposição de flores no Pavilhão de Exposições no final dos anos de 1940

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InscrEve Coma 2015

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Equívocos

por papinto, em 13.06.15

JOSÉ FIGUEIREDO Público 13/06/2015 - 05:16

O equívoco entre ciência, tecnologia e o papel do engenheiro e da engenharia na sociedade não ajuda, a meu ver, ao desenvolvimento de políticas ajuizadas.

O artigo publicado no dia 11 de Junho no jornal PÚBLICO (Portugal, país de excelência em engenharia) pelo professor Marçal Grilo, que já teve responsabilidades políticas ao mais alto nível, refere repetidamente “na área das engenharias e das tecnologias”, “formações nas engenharias e nas tecnologias”, “olhar para as engenharias e para as tecnologias com atenção redobrada”.

Acontece que, para mim, com certeza por erro meu, estas formulações não têm sentido. Por um lado estamos a falar de olhares diferentes e sensibilidades distintas, olhar para a engenharia significa olhar para a prática, para o eventual porquê dessa prática e/ou para o eventual ensino dessa prática, já olhar para a tecnologia visa o olhar para o artefacto, a tendência dos artefactos e coisas assim. Por outro lado, é preciso perceber até que ponto o olhar para a engenharia não contempla já o olhar para a tecnologia? Se assim não for de que ponto de vista se olha para a tecnologia?

O artigo prossegue com algumas referências como as iniciativas louváveis nos Centros de Ciência Viva, nos Clubes de Ciência, e outras da mesma natureza. Uma natureza que para mim, com certeza por erro meu, estará mal posicionada.

No país da Excelência em Engenharia continuam os equívocos e continuam sempre ao mais alto nível. A ciência é um ingrediente básico da engenharia, melhor, da formação em engenharia, mas a engenharia não é uma ciência. A engenharia lida com a formulação e resolução de problemas em contextos específicos, reais e não laboratoriais, e lida com problemas que muitas vezes não se conseguem definir completamente. Este carácter prático de fazer, por vezes em ambientes mal definidos, é uma característica da engenharia, da prática da engenharia e que deveria guiar a formação em engenharia. Engenharia que entretanto faz o quê? Tecnologia!

Se atentarmos nos modos de existência de Bruno Latour, em ciência a procura do interlocutor é a procura de imutáveis móveis. Pretendem-se criar referências. Por exemplo com um mapa podem-se referenciar espaços e conceitos. Os imutáveis móveis atravessam domínios rearranjando formas, embora mantendo o sentido das coisas. O mapa é um imutável móvel do domínio da ciência. Em termos de tecnologia a procura é de coisas que, substituindo outras, criem novos comportamentos estáveis. A ideia de estabilidade é fulcral em tecnologia. Por exemplo, numa estrada lisa, criar lombas para redução de velocidade vai alterar o comportamento dos condutores, mas a estrada é a mesma e os condutores também. A lomba é o artefacto tecnológico, de baixa tecnologia neste caso. Mas eficaz. Neste contexto o engenheiro é um actor que, apetrechado com ciência, inventa ficções capazes de criarem/construírem tecnologias.

O equívoco entre ciência, tecnologia e o papel do engenheiro e da engenharia na sociedade não ajuda, a meu ver, ao desenvolvimento de políticas ajuizadas quanto ao ensino de engenharia, nem quanto à consciência que o engenheiro deve ter sobre o seu próprio papel social e organizacional.

Professor no Instituto Superior Técnico (IST)

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Mecanização racional

por papinto, em 12.06.15

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