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Faleceu o Prof. Zózimo

por papinto, em 20.12.14

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Zózimo João Pimenta de Castro Rego 
(29.03.1924 - 20.12.2014)
Professor Catedrático do Instituto Superior de Agronomia
(Engenharia Rural)

 

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A nossa floresta agridoce

por papinto, em 12.12.14
ARMANDO SEVINATE PINTO Público 07/12/2014 - 15:16 O valor múltiplo da floresta – económico, social e ambiental – é tão expressivo, que se torna óbvio ter de a considerar como um sector fundamental, e até estratégico, para o nosso país. Sobre isso, não há opiniões divergentes.

A multiplicidade dos valores gerados e das funções e serviços que nos presta, muitos dos quais não valorizados pelo mercado, fazem dela, em conjunto com o sector transformador que lhe está associado, um dos mais importantes activos da nossa economia e da nossa sociedade. Infelizmente, também se trata de um sector cheio de contradições, de constrangimentos e de riscos quanto ao seu futuro.

De facto, não só está longe de ter atingido o seu valor potencial, como, nas últimas décadas, tem sido objecto de um processo, lento e complexo, de declínio, com reflexo na redução de algumas áreas florestadas, nos incêndios, na proliferação de pragas e doenças e na redução da produtividade dos povoamentos.

As causas, radicam numa multiplicidade de factores que interagem entre si, envolvidos num verdadeiro círculo vicioso, que ninguém ainda conseguiu resolver, apesar de haver uma clara unanimidade política nos diagnósticos.

A ausência de gestão activa e o extremo fraccionamento da propriedade, de muitas áreas florestais, conduzem à sua rentabilidade negativa e, consequentemente, ao seu abandono, aos incêndios e às pragas e doenças, que aumentam o risco e o desinteresse dos investimentos.

O círculo vicioso, não só se mantém, como se tem agravado, indiferente às políticas públicas que, mesmo quando generosas, não conseguem mobilizar as alterações necessárias no comportamento dos agentes privados (a maioria esmagadora dos proprietários florestais), no sentido da gestão racional do sector.

A situação, actual e do passado recente, não sendo idêntica para todas as fileiras florestais, tem muitos elementos comuns, quer nas causas, quer nas consequências, apesar de se revelarem com amplitudes diferenciadas.

A mais penalizada é, sem dúvida, a fileira do pinhal, fustigada de forma muito expressiva, pelos incêndios, pelas pragas (sobretudo pelo nemátodo da madeira do pinheiro) e pelo abandono (redução de mais de 250 mil hectares nos últimos 20 anos), com graves consequências económicas e sociais, para o país e para as regiões onde esta espécie é dominante.

A fileira do eucalipto, parece respirar saúde, se tivermos em conta os resultados económicos da indústria transformadora. Contudo, a manter-se a situação actual, não terá razões para prever o futuro com optimismo.

A floresta de eucalipto, a despeito do aumento da área ocupada (cerca de 100 mil hectares nas últimas duas décadas), tem vindo a ver reduzida a produtividade física dos povoamentos, particularmente dos mais envelhecidos, e também se vê a braços com pragas e doenças que a afectam de forma significativa (sobretudo o gorgulho, mas também a broca).

Entretanto, a circunstância que mais pode penalizar o futuro destas duas fileiras, é o crescente desfasamento entre a procura da indústria transformadora e a oferta nacional de matérias-primas, só colmatável através de importações, baratas na origem mas caras no destino que, além de constituírem um recurso muito pouco garantido, retiram competitividade ao tecido industrial e mais-valias potenciais à nossa economia.

Especificamente quanto ao eucalipto, que desde há muito se tornou um assunto de polémica em Portugal, não penso que seja uma árvore maldita, muito pelo contrário.

Ela é biologicamente fantástica, quer pela sua resistência, rapidez de crescimento e mecanismos de defesa, quer pelo facto de ser a espécie que, em Portugal, mais carbono sequestra, o que não deixa de ser importante.

Considero que, de uma forma geral, as campanhas contra o eucalipto são pouco esclarecedoras e pouco fundamentadas. As questões fundamentais deveriam abandonar o ódio à árvore e centrar-se nas condições de exploração dos povoamentos e na sua adaptação ao meio.

Haverá, certamente, áreas onde os eucaliptos não deveriam estar, designadamente, porque aí não têm condições satisfatórias de crescimento, e outras onde deveriam estar a gerar riqueza para os proprietários e para o país, sem prejudicar o ambiente.

A fileira do sobreiro e da cortiça, bastante mais específica, vive uma situação com pontos comuns com as outras fileiras (declínio, doenças e pragas, produtividade), mas tem vindo a conseguir enfrentar, com sucesso, a ameaça à utilização das rolhas – a principal valorização da cortiça – concentrada na concorrência de substitutos de baixo valor, metálicos e plásticos.

Quanto aos incêndios, tudo tem sido dito, e redito, quer sobre a sua importância, quer sobre as suas causas e consequências. Infelizmente, apesar da protecção divina que nos poupou este ano, os incêndios continuam, sem dúvida, a constituir o principal factor de risco que paira sobre o futuro das nossas florestas.

Como se poderá então quebrar o círculo vicioso? Depois de tudo o que já vi, ouvi e li, o único caminho que permitirá quebrar o círculo vicioso que penaliza e inviabiliza uma parte significativa da floresta, levando lentamente ao seu declínio, é o caminho do associativismo florestal, activo e participado.

Um associativismo consciente, informado e independente. Um associativismo não parasitário e que não se deixe sequestrar por interesses alheios à floresta e aos seus valores e funções. Um associativismo com apoio público, franco e sem reticências, mas que seja permanentemente avaliado pelos seus resultados objectivos e que seja capaz de unir os agentes económicos, todos eles, em torno do interesse nacional.

Há, no entanto, um ponto e este será o final, sobre o qual penso que o Estado tem obrigações especiais, das quais se não pode demitir. Trata-se das doenças e pragas que, segundo os especialistas, atingem mais de 20% das nossas florestas e para as quais não se conhecem antídotos eficazes.

Do meu ponto de vista, isto acontece porque se não investe suficientemente na sua avaliação e combate e porque se não federam capacidades técnicas e cientificas suficientes, alargando-as à Europa e ao mundo, se necessário.

Agrónomo (ISA), ex-ministro da Agricultura

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 Sarah Yang, Media Relations  December 9, 2014

BERKELEY — 

A systematic overview of more than 100 studies comparing organic and conventional farming finds that the crop yields of organic agriculture are higher than previously thought. The study, conducted by UC Berkeley researchers, also found that certain practices could further shrink the productivity gap between organic crops and conventional farming.

The yields of organic farms, particularly those with multiple crops, compare well to those of chemically intensive agriculture, according to a new UC Berkeley analysis. (Photo by Kristin Stringfield)
The yields of organic farms, particularly those growing multiple crops, compare well to those of chemically intensive agriculture, according to a new UC Berkeley analysis. (Photo by Kristin Stringfield)

The study, to be published online Wednesday, Dec. 10, in the Proceedings of the Royal Society B, tackles the lingering perception that organic farming, while offering an environmentally sustainable alternative to chemically intensive agriculture, cannot produce enough food to satisfy the world’s appetite.

“In terms of comparing productivity among the two techniques, this paper sets the record straight on the comparison between organic and conventional agriculture,” said the study’s senior author, Claire Kremen, professor of environmental science, policy and management and co-director of the Berkeley Food Institute. “With global food needs predicted to greatly increase in the next 50 years, it’s critical to look more closely at organic farming, because aside from the environmental impacts of industrial agriculture, the ability of synthetic fertilizers to increase crop yields has been declining.”

The researchers conducted a meta-analysis of 115 studies — a dataset three times greater than previously published work — comparing organic and conventional agriculture. They found that organic yields are about 19.2 percent lower than conventional ones, a smaller difference than in previous estimates.

The researchers pointed out that the available studies comparing farming methods were often biased in favor of conventional agriculture, so this estimate of the yield gap is likely overestimated. They also found that taking into account methods that optimize the productivity of organic agriculture could minimize the yield gap. They specifically highlighted two agricultural practices, multi-cropping (growing several crops together on the same field) and crop rotation, that would substantially reduce the organic-to-conventional yield gap to 9 percent and 8 percent, respectively.

The yields also depended upon the type of crop grown, the researchers found. There were no significant differences in organic and conventional yields for leguminous crops, such as beans, peas and lentils, for instance.

“Our study suggests that through appropriate investment in agroecological research to improve organic management and in breeding cultivars for organic farming systems, the yield gap could be reduced or even eliminated for some crops or regions,” said the study’s lead author, Lauren Ponisio, a graduate student in environmental science, policy and management. “This is especially true if we mimic nature by creating ecologically diverse farms that harness important ecological interactions like the nitrogen-fixing benefits of intercropping or cover-cropping with legumes.”

The researchers suggest that organic farming can be a very competitive alternative to industrial agriculture when it comes to food production.

“It’s important to remember that our current agricultural system produces far more food than is needed to provide for everyone on the planet,” said Kremen. “Eradicating world hunger requires increasing the access to food, not simply the production. Also, increasing the proportion of agriculture that uses sustainable, organic methods of farming is not a choice, it’s a necessity. We simply can’t continue to produce food far into the future without taking care of our soils, water and biodiversity.”

A National Science Foundation Graduate Research Fellowship and a Natural Sciences and Engineering Research Postdoctoral Fellowship helped support this research.

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