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2009-05-14
A Universidade Técnica de Lisboa é uma das 22 instituições de ensino superior europeias que obteve o “selo de qualidade” atribuído pela Comissão Europeia – O ECTS LABEL (Sistema Europeu de Transferência de Créditos). A Cerimónia de entrega, promovida pela Comissão Europeia, terá lugar em Bruxelas no dia 11 de Junho.
O Selo ECTS atesta a qualidade da informação sobre a oferta formativa e a gestão da mobilidade de estudantes no âmbito do Espaço Europeu de Ensino Superior. As normas fixadas pela Comissão Europeia para a sua atribuição são extremamente exigentes.
A avaliação das candidaturas foi realizada em duas fases: uma primeira selecção efectuada pelas Agências Nacionais de cada país e a decisão final pela Agência Erasmus da Comissão Europeia (AECE).
A atribuição do ECTS Label insere-se na estratégia da Universidade Técnica de Lisboa de internacionalização do Ensino e implementação das recomendações da Declaração de Bolonha.
De um total de duas mil instituições de Ensino Superior com a Erasmus University Charter (Carta Universitária Erasmus), 66 candidataram-se a este certificado e só quatro Instituições de Ensino Superior portuguesas obtiveram este selo.
Uma colega a quem muito agradeço, recordou-me conhecimento antigo:
Vejam o que aconselhava a obra Ratio atque Institutio Studiorum (1599)
"Nada deve ser mais importante nem mais desejável
(...) do que preservar a boa disposição dos professores (...). É nisso que reside o maior segredo do bom funcionamento das escolas (...)."
"Com amargura de espírito, os professores não poderão prestar um bom serviço, nem responder convenientemente às [suas] obrigações."
"A solicitude por parte dos superiores anima muito os súbditos e reconforta-os no trabalho."
"Quando um professor desempenha o seu ministério com zelo e diligência, não seja esse o pretexto para o sobrecarregar ainda mais e o manter por mais tempo naquele encargo. De outro modo os professores começarão a desempenhar os seus deveres com mais indiferença e negligência, para que não lhes suceda o mesmo."
"Em meses alternados, pelo menos, o reitor deverá chamar os professores (...) e perguntar-lhes-á, com benevolência, se lhes falta alguma coisa, se algo os impede de avançar nos estudos e outras coisas do género. Isto se aplique não só com todos os professores em geral, nas reuniões habituais, mas também com cada um em particular, a fim de que o reitor possa dar-lhes mais livremente sinais da sua benevolência, e eles próprios possam confessar as suas necessidades, com maior liberdade e confiança. Todas estas coisas concorrem grandemente para o amor e a união dos mestres com o seu superior. Além disso, o superior tem assim possibilidade de fazer com maior proveito algum reparo aos professores, se disso houver necessidade."
Para conservar (...) um bom nível de conhecimento (...), e para assegurar como que uma escola de mestres, o provincial deverá garantir a existência de pelo menos dois ou três indivíduos que se distingam notoriamente em matéria de letras e de eloquência. Para que assim seja, alguns dos que revelarem maior aptidão ou inclinação para estes estudos serão designados pelo provincial para se dedicarem imediatamente àquelas matérias - desde que já possuam, nas restantes disciplinas, uma formação que se considere adequada. Com o seu trabalho e dedicação, poder-se-á manter e perpetuar como que uma espécie de viveiro para uma estirpe de bons professores.
"O reitor terá o cuidado de estimular o entusiasmo dos professores com diligência e com religiosa afeição. Evite que eles sejam demasiado sobrecarregados pelos trabalhos domésticos."