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Cerca de 350 trabalhos científicos
Universidade do Porto reúne mais de 800 investigadores
25.02.2009 - 18h51
Uma ligação mais próxima entre universidade e o tecido empresarial e alunos mais activos, com espírito de curiosidade apurada. São estes os objectivos da 2ª edição do encontro de jovens investigadores da Universidade do Porto (UP), que junta, até sexta-feira, mais de 800 jovens investigadores da UP, na apresentação de cerca de 350 trabalhos de investigação científica.
Com o IJUP - Investigação Jovem na Universidade do Porto - “o estudante transforma-se no agente criador do conhecimento, o que muda completamente a forma de abordagem do ensino superior”, explica o vice-reitor da UP, Jorge Gonçalves.
A Faculdade de Arquitectura da UP transforma-se num palco privilegiado de divulgação de projectos, que este ano deixaram de estar confinados às áreas mais “tradicionais”, como a tecnologia e a biologia, e se alargaram a “áreas onde habitualmente não há investigação, como as artes”. Alguns dos programas são mais “orientados para a publicação em revistas nacionais ou internacionais, outros darão origem a protótipos”.
Além disso, o vice-reitor destaca o facto de a maioria dos estudantes serem voluntários neste projecto: “Há estudantes que receberam um pequeno financiamento da UP para desenvolver alguns projectos, mas a maioria ofereceram-se para trabalhar com grupos de investigação, sem qualquer contrapartida garantida”.
Este ano, o evento mais do que triplicou o número de investigadores presentes. Uma realidade a destacar, mas que ainda está longe de ser a ideal. “Se pensarmos que temos cerca de 800 estudantes envolvidos no projecto, numa universidade com 25 mil, é uma gota de água. Mas temos que ser realistas nas metas que definimos: com a massificação que existe hoje nas faculdades não é realista pensar que se pode envolver todos os estudantes”, explica.
Público, 25.02.2009, Bárbara Wong
Um ano depois da aplicação do processo no ensino superior várias questões persistem.
Falta financiamento, reclamam as instituições. Os alunos queixam-de excesso de trabalho
A Falta financiamento para aplicar o Processo de Bolonha, que prevê a criação de um espaço europeu de ensino superior. Bolonha propõe novos métodos de ensino e de trabalho, mas para isso são precisas instalações diferentes e com outros equipamentos, além de mais professores para acompanhar os alunos, enumeram as instituições. É também necessária formação, acrescentam os docentes. Os alunos concordam e queixam-se que estão assoberbados de trabalho. As escolas têm até 2010 para aplicar o processo, mas actualmente as excepções são os poucos cursos que ainda não foram adaptados.
Bolonha nasceu em 1999; em Portugal, a sua aplicação começou há três anos, com a promulgação da lei pelo Presidente da República, mas só o ano passado é que a maior parte das instituições começaram a oferecer os novos cursos. Já não há licenciaturas de quatro e cinco anos como até há bem pouco tempo. Em vez disso, as licenciaturas são de três anos, os suficientes para deixar aptos para o mercado de trabalho os novos licenciados, garantem as universidades e politécnicos. Contudo, há excepções, como Medicina, Arquitectura, entre outros, para os quais se mantém a mesma duração dos cursos que deixaram de ser licenciaturas, mas mestrados integrados.
O desafio de Bolonha é reconhecido por todos os presidentes de politécnicos e reitores das universidades públicas que o PÚBLICO contactou. Mas "pode começar a fazer parte do problema", reconhece António Rendas, reitor da Universidade Nova de Lisboa, em resposta a um inquérito feito recentemente pelo PÚBLICO. "No terreno há algumas dificuldades", acrescenta José Manuel Mendes, presidente do Politécnico da Guarda. As instituições precisam de mais recursos, afinal trata-se de uma mudança estrutural, aponta Luís Reto, presidente do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa.
É o financiamento que preocupa os dirigentes das instituições. A mobilidade de Bolonha prevê a possibilidade de professores e alunos completarem os seus estudos noutra instituição, o que "exige um acréscimo de financiamento", sobretudo em instituições do interior, como a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, aponta o seu reitor.
'Concentrar em menos anos'
Bolonha prevê um ensino mais centrado no aluno e estes queixam-se de ter demasiado trabalho. Além dos exames, há avaliações contínuas, trabalhos individuais e de grupo, teóricos e de laboratório, é preciso assistir às aulas porque também conta para a nota, enumera Filipe Almeida, presidente da Federação Académica do Porto. "Os estudantes estão com mais trabalho, mas a questão é: por que é que têm de se submeter a este tipo de avaliação, quando Bolonha não diz que seja obrigatório passar o dia inteiro na faculdade?", interroga.
De facto, o espírito de Bolonha propõe que os alunos façam outras coisas além de estudar. Trabalhar, participar em actividades associativas, de voluntariado ou desportivas, são mais-valias para os estudantes. Mas como fazê-las quando há excesso de trabalho nas escolas, pergunta também Ricardo Pinto, da Federação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico. O dirigente justifica o excesso de trabalho com a necessidade que as instituições sentiram de encurtar os cursos de cinco para três anos.
"A discussão nas instituições foi de cosmética, de gestão dos currículos para que nenhum professor perdesse a sua disciplina", critica Gonçalo Xufre, presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup). Resultado: "Meter o Rossio na Rua da Betesga", ilustra João Cunha Serra, dirigente sindical da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Falta formação aos docentes para se adaptarem ao novo paradigma, aponta João Rey, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior. "Os professores ainda não fazem muito bem as aulas tutoriais e os seminários", refere Ricardo Pinto.
"Em termos práticos, a esmagadora maioria dos professores continua a ensinar da mesma maneira, porque as questões pedagógicas são inexistentes e as instituições apostam nas qualidades intrínsecas de cada docente", reconhece Cunha Serra. "Falta muita, muita formação", sublinha Gonçalo Xufre.
Cristina Robalo Cordeiro, vice-reitora da Universidade de Coimbra, reconhece as críticas de alunos e sindicatos e defende uma maior coordenação entre os docentes do mesmo ano, para que, por exemplo, não peçam todos, na mesma semana, trabalhos. Contudo, as instituições estão atentas, diz. No caso de Coimbra foi criado um observatório de Bolonha há dois anos e está a aplicar-se um sistema de gestão da qualidade pedagógica, além de ser feita avaliação interna e externa. Este ano, pela primeira vez, as universidades e politécnicos fizeram um relatório sobre Bolonha, a pedido do ministério.
Propinas mais caras
Os estudantes estão ainda preocupados com o valor das propinas, igual para o 1.º e 2.º ciclos se forem fundamentais para exercer uma profissão. Caso contrário, o 2.º ciclo encarece e só estará acessível a alguns. A tendência de subir propinas é "um sinal negativo" que vai reflectir-se na desigualdade de acesso, alerta Cunha Serra, da Fenprof. Em Maio passado, o Conselho Económico e Social pediu ao Governo que definisse os moldes de financiamento do 2.º ciclo.
Ainda é cedo para saber, uma vez que os futuros licenciados de Bolonha só no próximo ano terminarão as licenciaturas de três anos, mas a maioria dos dirigentes académicos concorda que a tendência dos alunos será a de completar os cinco anos, para ficarem com o mestrado. Filipe Almeida, do Porto, pergunta por que é que em algumas profissões não é reconhecido o 1.º ciclo. Cristina Robalo Cordeiro lembra que em Portugal se "satisfizeram as ordens profissionais e criou-se uma denominação desconhecida no resto do espaço de Bolonha: os mestrados integrados".
Mas as desigualdades também se vão sentir na questão da mobilidade, outra das bandeiras de Bolonha. Se há uma maior vontade de sair "do pequeno rectângulo", como diz João Rey, a verdade é que só quem puder financeiramente é que se aventura a estudar no estrangeiro, aponta Ricardo Pinto. As bolsas existentes não cobrem todas as despesas, explica. A vice-reitora de Coimbra concorda que as bolsas são "diminutas", mas acrescenta outro factor: com um ciclo de três anos, não é claro para os estudantes em que ano devem sair.
Equipa de David Attenborough realiza programa sobre cortiça Documentário da BBC
Cork Forest in a Bottle é transmitido na SIC
No dia 22 de Fevereiro, Domingo, às 11H55, a SIC vai transmitir um documentário intitulado Cork Forest in a Bottle Cortiça - a Floresta numa garrafa.
A produção deste programa foi realizada pela mesma equipa de algumas das séries de Sir David Attenborough, conhecido como um dos produtores mais experientes em séries ambientais. Após dois anos de trabalho, na recolha e edição de imagens e informação, o trabalho sobre os montados de sobro e a cortiça será transmitido pela primeira vez em Portugal no próximo Domingo. O Documentário foi já transmitido no Reino Unido, no final do ano passado, e as filmagens contaram com o apoio da Associação Portuguesa de Cortiça (Apcor) e de um conjunto de entidades e personalidades portuguesas. A Apcor congratula-se com esta iniciativa que tem como principal objectivo informar a população em geral sobre a riqueza do habitat associado ao montado de sobro. A rolha de cortiça, como expoente máximo dos produtos da nossa indústria, vê reforçada a sua posição como a única opção natural na vedação de vinhos e garante de um ecossistema fundamental. Com este documentário, os consumidores de vinho poderão passar a fazer uma opção consciente ao comprar um vinho vedado com uma rolha de cortiça, produto natural e amiga do ambiente, comenta Joaquim Lima, Director Geral.
As florestas do continente africano absorvem cada vez mais dióxido de carbono (CO2), à semelhança do que acontece na Amazónia, revelou quarta-feira um estudo internacional que será publicado hoje na revista britânica Nature.
Destak/Lusa |19 | 02 | 2009 08.56H
Público, 18.02.2009, Helena Geraldes
Um dia, um cidadão francês quis saber onde estava a ser plantado o milho transgénico no seu município, Sausheim (Alta Alsácia). As autoridades locais recusaram dar-lhe a informação. Pierre Azelvandre não se conformou e ontem, quase cinco anos depois, o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias deu-lhe razão: os Estados membros têm a obrigação de informar os cidadãos sobre a localização dos ensaios transgénicos por causa dos impactos no ambiente.
Mas antes de ouvir esta sentença, Azelvandre teve de ouvir vários "nãos".
A 21 de Abril de 2004, o francês requereu ao presidente da Câmara de Sausheim que lhe fosse transmitida a localização da parcela plantada com transgénicos. Não obteve resposta. Dirigiu-se depois à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, que se pronunciou contra, alegando que tal poderia pôr em causa o segredo da vida privada e a segurança das explorações.
Azelvandre recorreu aos tribunais franceses, que pediram a clarificação do Tribunal de Justiça Europeu. Este decidiu ontem que "em caso algum pode manter-se confidencial" a informação relativa à localização dos campos de ensaio.
Para tal citou a directiva comunitária de 2001, que exige que "os dados relativos à avaliação dos riscos ambientais não se mantenham confidenciais".
Pierre Azelvandre vive num país responsável por uma das maiores polémicas do momento em relação à aceitação dos organismos geneticamente modificados (OGM) na União Europeia. Em Fevereiro de 2008, a França suspendeu a plantação de milho MON810, produto da norte-americana Monsanto resistente a um insecto, alegando as incertezas quanto aos riscos para as culturas tradicionais e para o ambiente. Fê-lo através de uma cláusula de salvaguarda. A utilização desta figura não agrada nada à Comissão Europeia, que tenta forçar Paris a levantar essa suspensão. Ontem, numa votação de peritos da UE, onze países ficaram do lado da França. E, por enquanto, o impasse mantém-se.
The Environmental Food Crisis: The environment’s role in averting future food crises, released at the 25th session of the UNEP Governing Council/Global Ministerial Environment Forum in Nairobi, outlines a plan to reduce the risk of hunger and rising food insecurity for this century.
The agency predicts that food prices may increase 30 to 50 per cent within decades, forcing those living in extreme poverty to spend 90 per cent of their income on food.
The report, compiled by a wide group of experts from both within and outside UNEP, stressed that changing the ways in which food is produced, handled and disposed of across the globe – from farm to store and from fridge to landfill – can both feed the world’s rising population and help the environmental services that are the foundation of agricultural productivity in the first place.
“We need a Green Revolution in a Green Economy but one with a capital G,” said UNEP Executive Director Achim Steiner.
“We need to deal with not only the way the world produces food but the way it is distributed, sold and consumed, and we need a revolution that can boost yields by working with rather than against nature,” added Mr. Steiner
He noted that over half of the food produced today is lost, wasted or discarded as a result of inefficiency in the human-managed food chain.
“There is evidence within the report that the world could feed the entire projected population growth alone by becoming more efficient while also ensuring the survival of wild animals, birds and fish on this planet,” said Mr. Steiner.
The report also underscored the fact that over one-third of the world’s cereal harvest is being used as animal feed and by 2050 the ratio will rise to 50 per cent.
“Continuing to feed cereals to growing numbers of livestock will aggravate poverty and environmental degradation,” UNEP warned in its press statement.
Among the key points in its plan, the report suggested that recycling food wastes and deploying new technologies, aimed at producing biofuels, to produce sugars from discards such as straw and nutshells could be a key environmentally-friendly alternative to increased use of cereals for livestock.
The amount of unwanted fish currently discarded at sea – estimated at 30 million tons a year – could alone sustain more than a 50 per cent increase in fish farming, a rise needed to maintain per capita fish consumption at current levels by 2050 without increasing pressure on an already stressed marine environment.
The report highlights a number of other measures, including the reorganization of food market infrastructure to regulate prices, a micro-financing fund to boost small-scale farming, the removal of agricultural subsidies, managing and better harvesting extreme rainfall and adopting more diversified and ecologically-friendly farming systems.
Secretary-General Ban Ki-moon has appealed to environment ministers gathered in Nairobi to help promote a green economy to tackle climate change and wasteful resource consumption, as well as re-energize economies, creating opportunities for new and better livelihoods.
“Soaring food prices brought intense focus not just on the issues of agriculture and trade but on the inflationary role of biofuel production,” Mr. Ban said in a message to the weeklong meeting.
“Wildly fluctuating crude oil costs illustrated once again our dependence on the fossil fuels that are causing climate change, and the short-sighted economic vision that has precipitated the current financial turmoil is also bankrupting our resource base,” he stated.
“UNEP has been instrumental in developing the concept of the green economy, and is now identifying the tools for achieving it, but UNEP needs your support,” Mr. Ban stressed.
During the Forum, UNEP and technology giant Microsoft signed an agreement to work together using information and communication technology (ICT) solutions to help address today’s environmental challenges.
The partnership focuses on helping environmental organizations, such as UNEP, Governments, non-governmental organizations (NGOs) and researchers, work more effectively by making use of new technologies.
“We view our partnership with Microsoft as key to delivering solutions on a scalable level to a community of more than 190 nations and the UN system as a whole,” said Mr. Steiner.
“Without equitable access to information and the capacity for developing countries to engage on an equal level in negotiating key agreements like the climate change treaty or the biodiversity convention, we will not make much progress,” he added.
Data 2009/2/15 0:40:00 | Tópico: Economia
in: www.orio.pt
in: http://www.governo.gov.pt/Portal/PT