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AGRICULTURA
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Agroportal, 2011-07-08 |
A. Sevinate Pinto |
A agricultura (sector agrário) começa a ocupar espaço crítico na comunicação social. A sua importância é agora sublinhada por todas as forças políticas e por um número cada vez maior de individualidades que reduzem a uma minoria aqueles que continuam a não querer compreender a multiplicidade das valias públicas e a natureza específica desta actividade. É a esses, aos quais, em muitos casos, reconheço grande inteligência e brilhantismo intelectual, mas também a casmurrice que os leva a considerar de forma cega os princípios clássicos da ciência económica, não identificando diferenças entre a actividade agrícola e qualquer outra actividade, que quero fazer hoje algumas perguntas. A primeira, tem a ver com a complexidade das políticas públicas dirigidas ao sector, as quais, ainda há dias, ouvi um influente comentador, reduzir a uma mera distribuição de subsídios. Se calhar injustificados, terá pensado sem o dizer. Será que alguém conhece algum outro sector económico com maior multiplicidade de unidades produtivas, com maior variedade estrutural e/ou dimensão económica, com maior dificuldade técnico/económica, com maior exigência e responsabilidade ambiental e/ou qualitativa e em que cerca de metade dos produtores tem mais de 65 anos de idade e rendimento médio inferior a 40% do rendimento médio do resto da economia? Se conhecerem, digam, porque eu também gostava de conhecer. A segunda pergunta que gostaria de lhes fazer é se conhecem algum sector que viva num enquadramento tão instável como o da agricultura:
Se conhecerem, digam, porque eu também gostava de conhecer. A terceira e última pergunta que lhes queria fazer é se conhecem algum sector económico em que aconteça com tanta frequência e com tanta intensidade, as catástrofes naturais e os fenómenos imprevisíveis, dificilmente seguráveis, tais como:
Se conhecerem, façam o favor de dizer, porque eu também gostaria de conhecer. Armando Sevinate Pinto |