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O aumento da população mundial confronta-se actualmente com uma grande instabilidade dos preços agrícolas, estimando-se que cerca de 50% dos picos recentemente verificados nos preços tenham sido causados pela especulação dos mercados agrícolas.

O Parlamento Europeu debateu ontem um relatório que apresenta soluções para o problema e procura dar resposta às inquietações resultantes do envelhecimento dos agricultores.

Os mercados agrícolas atravessam um período particularmente instável, com a especulação a desempenhar um papel decisivo no processo.

"Temos de resolver os problemas causados pela especulação financeira", afirma a eurodeputada romena Daciana Octavia Särbu (S&D), autora do relatório parlamentar, "o que implica regulamentar de forma a restringir a especulação e a evitar os aumentos desproporcionais registados num passado recente".

O texto parlamentar defende a revisão da legislação existente sobre instrumentos financeiros, de forma a garantir um comércio mais transparente. "Instamos a Comissão Europeia a introduzir, com carácter urgente, medidas permanentes e consistentes que permitam resolver a volatilidade dos mercados agrícolas", acrescentou a eurodeputada romena.

A próxima geração de agricultores
Um dos principais desafios com que a agricultura europeia se depara está relacionado com o envelhecimento dos agricultores. O relatório refere que apenas 7% dos agricultores europeus têm uma idade inferior a 35 anos e que ao longo dos próximos dez anos deverão atingir a idade da reforma cerca de 4,5 milhões de agricultores. Para resolver a situação, o texto defende a adopção de medidas que facilitem a gestão da actividade para os jovens agricultores.

Política Agrícola Comum: os desafios globais
O texto relembra igualmente que a segurança alimentar é uma questão global. "Propomos um sistema global de reservas alimentares, para facilitar o comércio mundial aquando da ocorrência de picos de preços, prevenir o proteccionismo recorrente e aliviar a pressão sobre os mercados mundiais de alimentos", acrescenta Daciana Octavia Särbu.

"A questão principal consiste em saber como poderemos aumentar em 40% a produção alimentar, para fazer face às necessidades de uma população mundial que atingirá rapidamente os 9 mil milhões de pessoas, utilizando menos terra, menos água e menos químicos no futuro", sublinha a eurodeputada sueca Marit Paulsen (ADLE).

PE, 2011.01.18

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