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Agroportal, 20100130

 

Os agricultores algarvios afirmam que a produção hortícola da região está a desaparecer e decidiram manifestar as suas preocupações numa carta enviada ao ministério da Agricultura à qual a Lusa teve acesso.

Na missiva, os agricultores explicam que os 1200 hectares de estufas que a região possuía há dezoito anos estão agora reduzidos apenas a 200, o que, dizem, se deve aos “inúmeros” prejuízos das últimas duas décadas devido ao mau tempo e à falta de seguros adequados.

Os “reduzidos” apoios por parte das autoridades, a proliferação de grandes superfícies comerciais e a reduzida capacidade dos produtores em organizar-se a nível comercial são outros dos factores apontados como causa da degradação do tecido agrícola no Algarve.

Na carta, redigida pela Associação de Agricultores do concelho de Faro e concelhos limítrofes, os produtores dizem que a falta de uma “almofada financeira” para fazer face às intempéries fez com que os agricultores e os seus descendentes ficassem “irremediavelmente endividados”.

Segundo os produtores, o apoio do Estado em situações de destruição de culturas e estruturas causadas pelo mau tempo é “reduzido ou inexistente”, sendo os seguros existentes igualmente considerados pouco “adequados” à actividade agrícola.

“As razões apontadas levaram à situação sobejamente conhecida da horticultura algarvia com o consequente abandono dos campos, não sem que esta associação tenha por inúmeras vezes tentado dar o seu contributo”, lê-se na missiva.

Os agricultores algarvios dizem ainda estar dispostos a contribuir para a redução “do tão falado défice” se lhes forem dadas condições e resolvidos “estrangulamentos” que os levaram à actual situação.

A carta foi também enviada ao Presidente da República, Cavaco Silva, e ao director regional de Agricultura do Algarve, Castelão Rodrigues.

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Todos sabemos que os cursos de engenharia são muito técnicos e não é por acaso que os engenheiros são fortes candidatos aos MBA, quando precisam de adquirir novas competências para evoluir na carreira. Admitindo esta falta, o departamento de Engenharias Informática e de Redes resolveu, há sete anos, lançar a disciplina Portfólio Pessoal, que equivale a quatro semestres, no 3º ano da licenciatura e no primeiro ano do mestrado.

 

O objectivo é dotar os candidatos a engenheiros de ‘soft skills', de experências que não são ensinadas no curso e lhes fazem falta quando pretendem vingar no mercado de trabalho. Pode ser um inter-rail, um projecto de voluntariado, uma actividade desportiva, cultural ou até artística, ou só mesmo fazer Erasmus. Desde que seja uma actividade extra-curricular é aceite pelo professor de Portfólio Pessoal.

Em termos de avaliação, os quatro semestres equivalem a 1,5 ECTS, isto é, a uma cadeira e acabam por contar para a nota, sublinha o coordenador da disciplina.

Notícia no Diário Económico

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1.       Situação Financeira do ISA
2.       Lançamento das bases de implementação da nova organização interna do ISA

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20 anos da Agro.Ges

por papinto, em 27.01.10

A Agro.Ges - Sociedade de Estudos e Projectos organizou na semana passada (20 de Janeiro), a propósito da comemoração do seu vigésimo aniversário, um debate sobre o tema "Evolução dos objectivos e desafios que o sector deverá enfrentar após 2013 e consequente modelo de intervenção europeia" a que chamou «Duas Visões, duas opiniões, dois colaboradores da AGRO.GES».

O prato forte da sessão consistiu nas apresentações feitas pelo Eng.º Armando Sevinate Pinto e pelo Professor Francisco Avillez intituladas respectivamente "Uma nova PAC na União Europeia? Um novo debate - Preocupações e Propostas" e "As Políticas Públicas de Apoio à Agricultura na União Europeia: Que Futuro?", às quais se seguiu um debate.

Para alguns dos presentes, as posições defendidas poderiam classificar-se, de uma forma simplista, "conservadora" e "nacionalista" uma e "europeísta" e "liberal" a outra.

A sessão contou com a presença do Ministro da Agricultura, Professor António Serrano, que proferiu uma alocução antes do debate, e do Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas, Eng.º Rui Barreiro.

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Realizou-se na passada segunda-feira, 25 de Outubro a Assembleia Geral de 2009 da INOVISA com a seguinte ordem de trabalhos:

  • Deliberação sobre o Relatório de Actividades de 2008
  • Deliberação sobre o Relatório de Contas e Parecer do Conselho Fiscal de 2008
  • Alteração de Estatutos
  • Novos órgãos sociais

Sobre este último ponto é a seguinte a composição dos novos órgãos sociais:

 

Direcção:

Luís Mira da Silva (presidente)

António Almeida Monteiro (vice-presidente)

Francisco Gomes da Silva

Graça Abrantes

Sara Beirão da Costa

Assembleia Geral

José Luís Teixeira

Margarida Moldão Martins

Ana Paula Soares

Conselho Fiscal

Olga Laureano

Helena Oliveira

Débora Carvalho

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Público, 20100127 Pedro Santa Clara

Se queremos subsidiar o ensino superior, devemos financiar as universidades por aluno que as escolha


 

O Tratado de Bolonha tem três aspectos cruciais: standardiza os graus de ensino superior, permite que alunos nacionais e estrangeiros concorram às universidades em pé de igualdade, e obriga ao reconhecimento mútuo dos graus concedidos. A consequência inevitável é o aumento da concorrência entre universidades internacionais pelos melhores alunos e professores. Dentro de 10 anos, os melhores alunos portugueses poderão estudar na Universidade de Lisboa ou na Humboldt Universitat em Berlim - e não haverá barreiras linguísticas que o impeçam porque as universidades de topo vão todas ensinar em Inglês. A Europa vai aproximar-se dos EUA, e vai haver países como o estado do Nebraska sem qualquer universidade que se distinga e outros como o estado do Massachussets com várias, incluindo Harvard e o MIT.

Nos anos 80, os melhores gestores portugueses tiravam o MBA no nosso país. Desde o fim dessa década, passaram a ir para o INSEAD e outras business schools internacionais. Mas se a concorrência já é internacional nos MBAs há muitos anos, vai agora generalizar-se a todas as áreas e graus de ensino. A luta vai travar-se primeiro nos mestrados, em que os alunos se movimentam com mais facilidade e há maior disponibilidade para pagar propinas. Mais tarde a disputa vai alargar-se mesmo às licenciaturas. Haverá universidades Portuguesas capazes de concorrer com as melhores da Europa? Ou vamos perder os nossos melhores alunos sem receber em troca alunos equivalentes de outros paises? Este é o desafio do século para a academia Portuguesa.

A concorrência internacional vai ter implicações também no recrutamento de professores. As diferenças de qualidade entre universidades vão aumentar. Vamos ter na Europa um ranking claro de instituições, desde as correspondentes a Chicago e Stanford nos EUA até a pequenas universidades de âmbito local. Isto vai levar a uma feroz concorrência pelos melhores professores e investigadores. As universidades de topo vão pagar para atrair o melhor talento de toda a Europa.

Vimos um fenómeno semelhante no mundo do futebol com a criação da Champions League, que diferenciou brutalmente os clubes entre uma elite Europeia e um grupo focado nos campeonatos nacionais. E vimos tambem as consequências que teve na disputa pelos melhores jogadores e treinadores...

Da mesma forma que temos clubes competitivos na Champions, Portugal tem possibilidade de desenvolver uma ou duas universidades que se batam pelos lugares de topo no ranking Europeu. Temos um trunfo importante que é ter cidades como Lisboa que são simpáticas, com clima ameno, vida animada, e boas ligações internacionais. Mas, para concorrer com as melhores da Europa, vamos precisar de recursos substanciais para melhorar instalaçõeses e para contratar e reter os melhores professores. Há muito a fazer...

Primeiro, temos que largar o modelo Soviético de planeamento central das universidades. Há 30 anos que deixámos de tabelar o preço da bica mas continuamos a fixar o salário dos professores. Se continuarmos assim, as universidades de topo Europeias vão atrair os melhores professores nacionais como aconteceu no mundo de futebol com os clubes do top Europeu a recrutar os nossos melhores jogadores.

Além disso, temos um ministério que decide centralmente quantas vagas cada universidade tem, que alunos deve admitir, quantos professores pode recrutar, quais os critérios para o fazer, etc. Pensem o que seria um sistema semelhante para o Benfica ou o Porto, com o governo a tabelar salários e a determinar regras para a contratação de jogadores... Temos que dar verdadeira autonomia às universidades e deixá-las decidir como melhor aplicar os seus recursos para concorrer internacionalmente.

Se queremos subsidiar o ensino superior, devemos financiar as universidades por aluno que as escolha. Vai haver universidades melhores que atraem mais alunos, crescem e ficam mais fortes para suster a concorrência internacional. E vai haver universidades mais fracas que não atraem ninguém e que devem desaparecer. A política actual de dividir os recursos de forma solidária entre as universidades para sustentar as piores vai levar-nos à ruína. Não é obviamente possível ter uma universidade internacionalmente competitiva em cada capital de distrito. Se teimarmos em distribuir os nossos parcos recursos por um grande número de instituições de má qualidade, vamos perder definitivamente a oportunidade de ter um pequeno número de boas escolas internacionais. Mais uma vez, imaginemos o que seria o governo nao permitir ao Benfica ou Porto ter mais espectadores ou jogadores para tentar salvar o Boavista ou o Vitória de Setúbal. Não só estes últimos clubes continuariam mesmo assim em dificuldades mas os primeiros rapidamente deixariam de ser competitivos na Europa. Precisamos de um sistema que promova o mérito, em que as melhores universidades possam obter mais recursos e em que as piores possam desaparecer. E temos que perceber que, para um país da dimensão de Portugal, um pequeno número são duas ou três universidades, tal como só temos dois ou três clubes de futebol competitivos na Europa.

Temos uma janela de oportunidade de alguns anos porque grande parte da Europa tem um sistema universitário com tantos problemas como o nosso. Mas a Europa já está a mudar. Pequenos países como a Holanda e a Espanha estão a criar universidades muito competitivas internacionalmente. Quando os gigantes como a França e a Alemanha acordarem, será tarde demais para as universidades Portuguesas.

O campeonato mudou e temos que adaptar as nossas universidades para responder ao desafio. Professor Catedrático, Millennium bcp chair in Finance, Faculdade de Economia, Universidade Nova de Lisboa

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O Governo Regional dos Açores vai comparticipar a aquisição de forragens para a alimentação do efectivo pecuário, até um máximo de 11 mil toneladas, para cobrir as quebras anormais registadas na produção forrageira devido ao mau tempo.

Na sequência dos problemas existentes ao nível das reservas de alimentos para os animais, esta ajuda do executivo destina-se a todos os operadores económicos que fabricam ou importam forragem.

Este apoio extraordinário vai concretizar-se através de uma ajuda de cinco cêntimos por cada quilograma de alimento importado em S. Miguel e na Terceira e de sete cêntimos nas restantes sete ilhas do arquipélago.

Os beneficiados obrigam-se a deduzir a ajuda recebida no preço final para o consumidor, bem como a permitir o acesso ao produto a todos os agricultores que o desejem.

As 11 mil toneladas de forragem, que serão comparticipadas foram distribuídas pelas ilhas açorianas, cabendo 5650 toneladas a S. Miguel, 2445 à Terceira, 785 ao Pico e 740 a S. Jorge.

A restante quantidade foi distribuída pelas ilhas do Faial (595 toneladas), Graciosa (280), Flores (275), Santa Maria (185) e Corvo (45).

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Público on-line, 20100122


No próximo ano lectivo, os estudantes do ensino superior vão saber se os cursos que escolheram têm a qualidade mínima para funcionarem. Até Outubro de 2011, a Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior (A3ES) pretende ter todos os ciclos de estudo que existem acreditados previamente. Os que tiverem menos qualidade podem ser encerrados, enquanto os melhores poderão criar cursos sem pedir aval à tutela.

 

 Para já, a A3ES vai fazer uma acreditação prévia dos mais de quatro mil cursos existentes, decidindo se são acreditados, acreditados com condições ou não acreditados. O passo seguinte será avaliar os cursos que “suscitam mais dúvidas”, revela Alberto Amaral, presidente da A3ES, com visitas de avaliadores externos e peritos internacionais, durante os próximos dois anos.

 

    No futuro, as universidades e politécnicos que revelem ter departamentos ou cursos que se aproximam da excelência podem ser dispensados da acreditação prévia e ter autonomia para criar novos cursos, admite Alberto Amaral, ex-responsável do Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES). Essa responsabilidade será monitorizada pela A3ES e, caso as instituições baixem a qualidade do ensino oferecido, ou “façam asneiras, nessa altura, perderão esse benefício e passarão ao sistema corrente”, prevê.

 

    É preciso definir os indicadores de desempenho para garantir condições de excelência. Essa discussão começará nas próximas semanas com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e a Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP) com o objectivo de criar um Sistema Interno de Garantia de Qualidade, ou seja, a criação de uma espécie de mini-agências a funcionar dentro das instituições, que serão “as primeiras responsáveis pela qualidade” do ensino ministrado e pela sua melhoria. A intenção é que comecem a funcionar no final de 2010/2011.

 

    Com o sistema anterior, desenvolvido pelo extinto Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES), a avaliação demorava muito tempo porque anualmente eram avaliadas determinadas áreas de estudo, com auto-avaliações, visitas e entrevistas com os peritos, um relatório final com direito a contraditório. Com a intenção da A3ES de criar os sistemas internos nas instituições, a acreditação e avaliação pode “entrar em velocidade de cruzeiro”, acredita Amaral, pois os cursos serão mais rapidamente avaliados.

 

    Flexibilidade na avaliação

 

    Até ao final de Dezembro, as instituições públicas e privadas apresentaram os pedidos de acreditação para os novos cursos. Ao todo foram entregues 330, fazendo descer para um terço o número de pedidos, quando comparados com os apresentados o ano passado à Direcção Geral do Ensino Superior (cerca de 900). Esse decréscimo deve-se ao processo de Bolonha estar a chegar ao fim, ou seja, nos anos anteriores entraram muitos pedidos porque todos os cursos estavam a ser adaptados a Bolonha.

 

    A avaliação destes pedidos será realizada por peritos nacionais e estrangeiros. Agora, as universidades têm até Março e os politécnicos até Abril para apresentarem os pedidos de acreditação prévia dos cursos já existentes, mais de quatro mil. Os critérios de garantia de qualidade são “mínimos” e passam por observar se o ter corpo docente é qualificado, faz investigação, se as instalações são adequadas, qual o número de alunos inscritos, se tem condições aceitáveis de empregabilidade e um índice de mobilidade internacional.

 

    Depois desta primeira acreditação, quando os cursos começarem a ser avaliados é que a A3ES vai definir qual a “medida” para cada critério. Uma das críticas que a APESP levanta a este processo é precisamente desconhecer-se qual o peso de cada item. “O que importa saber é se a agência foi criada no sentido pedagógico da qualidade, isto é, de ajuda às instituições para melhorarem ou se, por outro lado, foi criada com um intuito inquisitório”, refere Miguel Copetto, director-executivo.

 

    “Não há rigidez. Se assim não fosse, fechava quase tudo”, desabafa Alberto Amaral. “Porque é que não fixamos padrões gerais? Porque há áreas onde não há quadros qualificados suficientes”, explica o antigo reitor da Universidade do Porto. Alguns exemplos: Direito, Arquitectura, Artes, Ciências da Saúde não têm doutorados como na Física ou na Química, onde 80 a 90 por cento do corpo docente tem o doutoramento. “Claramente que quando chegarmos a tomar decisões isso vai ser tomado em consideração e ou vamos acreditar sem problemas ou ver que é tão mau que não há alternativa de continuar, ou acreditar condicionalmente”, abrindo a oportunidade às instituições para melhorarem.

 

    Apesar de todas as instituições contactadas pelo PÚBLICO recusarem-se a fazer previsões, algumas temem que existam cursos que possam não receber a acreditação. E nem vale a pena tentar traçar o retrato-robot das que podem vir a sofrer essa penalização pois há escolas pequenas, no interior do país com corpo docente de excelência, argumenta Sobrinho Teixeira, presidente do CCISP. “As instituições não querem tomar a decisão de fechar, haver uma entidade externa pode ajudar a melhorar a oferta educativa”, conclui Maria de Lurdes Correia Fernandes, vice-reitora da Universidade do Porto. Nas últimas semanas, o PÚBLICO tentou ouvir o CRUP sem êxito.

 

 

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DN20100121

As previsões feitas em 2007 sobre os glaciares dos Himalaias estão a ser
reavaliadas.

A maior autoridade mundial em mudanças climáticas admitiu ontem que foram
cometidos erros no cálculo das estimativas sobre um dos principais
indicadores de aquecimento global: o desaparecimento dos glaciares nos
Himalaias. Em comunicado, o Painel Intergovernamental para as Mudanças
Climáticas (IPCC) reconheceu que no seu quarto relatório, publicado em 2007,
certos "padrões de provas não foram aplicados correctamente".

Esta admissão de erro surge semanas depois do fracasso da Cimeira de
Copenhaga e após a polémica que ficou conhecida por Climategate. Esta
controvérsia, que começou com a divulgação de e-mails pondo em causa dados
científicos, afectou profundamente a posição dos defensores da tese do
aquecimento global. A semana já tinha sido marcada por notícias
contraditórias sobre os glaciares no Alasca. Embora estes glaciares tenham
perdido 42 quilómetros cúbicos de água entre 1962 e 2006, esse valor é um
terço inferior ao previsto.

Mas o erro sobre os Himalaias deverá ser politicamente mais sensível. Em
2007, o IPCC divulgou uma relatório onde se afirmava que estes glaciares
podiam desaparecer até 2035. A informação foi citada em todo o mundo,
incluindo pelo DN. No entanto, segundo o britânico Sunday Times, a previsão
sobre 2035 foi baseada numa história publicada na revista New Scientist, que
por sua vez citava um cientista indiano que entretanto afirma que tudo não
passou de "especulação".

A situação é mais grave tendo em conta o que afirma o autor da peça
jornalística da New Scientist. Ele diz ter entrevistado Syed Hasnain após
ler um artigo num jornal indiano. O cientista referiu a data de 2035, apesar
da não a incluir no relatório científico, na altura (1999) ainda não
publicado em revistas especializadas. Nesse relatório, Hasnain mencionava
que as suas observações diziam respeito a uma parte dos glaciares, não a
toda a região. A parte mais inacreditável desta história é como informação
tão pouco sólida se transformou numa posição do IPCC.

O artigo do Times que levou o IPCC a retractar-se cita um cientista
britânico que faz contas muito simples em relação aos glaciares da região:
alguns têm 300 metros de espessura e se derretessem a uma média de cinco
metros por ano, o seu desaparecimento levaria mesmo assim 60 anos. Ora, eles
estão a perder gelo a um ritmo de decímetros ou mesmo centímetros por ano.
Apesar da data ser irrealista e haver acusações de que se tratava de
"ciência vudu", o IPCC ignorou as críticas.

O eventual desaparecimento dos glaciares nos Himalaias teria consequências
gravíssimas no abastecimento de rios que servem um sexto da população
mundial (ver gráfico). Há 15 mil glaciares na região dos Himalaias e a sua
superfície total ronda meio milhão de quilómetros quadrados. O IPCC insiste
que se trata apenas de um erro em 3 mil páginas.

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RegavaliaUTL

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